quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Percebi que o sol realmente faz falta.
Hoje, comparando minha perna com a da minha "irmã" italiana, fui chamada de mozzarela - lembrando que a mozzarela italiana não é amarela como a nossa, mas é bem branquinha, como o leite.
Ê tristeza...

domingo, 16 de dezembro de 2012

Um aniversário no UK, para Dona Rita

Esse post é dedicado à minha querida e amada Mãe.
É Mãe, mais um ano se passou desde meu aniversário do ano passado, completando 21 anos que você passou por todo aquele sofrimento de me trazer ao mundo e tal. E nesse dia (da minha festa, não exatamente do meu aniversário, porque ainda não chegou) eu senti muito a sua falta! Descobri que é muito triste não ter a mãe por perto pra fazer o bolo de aniversário! Tive que ir lá comprar as coisas e fazer meu próprio bolo... Fiz de sorvete com frutas vermelhas (homenagem à Bia) e chocolate, e uns bolinhos (muffins ou cupcakes, sei lá) de cenoura, mas ficou abatumado (aprendi essa palavra hoje com a Gabi) porque o fermento tinha passado da validade há uns 7 meses. Normal nessa casa, pra ser honesta.
E durante a festa tocou a campanhia e eu fui abrir a porta, achando que era um convidado atrasado, mas era o Jamie, uma figura conhecida aqui em Barrow (assim como o Oil Man está para Curitiba, Jamie está para Barrow). Ele se veste de mulher e sabe muito de política e conhecimento geral sobre muita coisa, mas ele tem uns transtornos psicológicos, ele é bem sozinho. E assim que eu abri a porta ele perguntou:
- A sua mãe está aí?
Respondi com um apeerto no coração:
- Não, minha mãe está no Brasil...
:(

Por favor não fique achando que eu senti sua falta só por causa dos bolos que você faz, haha! Mas no geral aniversário e natal lembram muito "mãe"... E eu só queria dizer que você é especial demaais pra mim e eu tenho muuito a agradecer a você! Te amo, Dona Rita!


domingo, 9 de dezembro de 2012

Um domingo qualquer

Hoje, quando estávamos no fim do almoço, eu olhei pela janela e vi o sol baixo no horizonte, quase se pondo. Olhei no relógio: 15:18.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ok ok, eu sei que estou desleixada pra mandar notícias. No geral tá tudo bem. Vou só mandar uma lista rápida das novidades:
- finalmente me matriculei na academia [parabéns para mim]
- saudades de comer pão de queijo
- semana passada vi a superfície de um lago congelada pela primeira vez - eu parecia uma criança.
- hoje encontrei no armário dois potes de café que passaram da validade em 2006 (sim, em 2006. e caso você não se lembre, estamos terminando 2012)
- estou planejando minha festa de aniversário e percebi que é muito triste organizar uma festa para você mesmo, é mais legal organizar para os outros

Fim.

Irlanda!

Acho que esse é o ano de realizar sonhos. Mais um realizado - falta o sonho da casa própria, como diria o velho e sábio Silvio Santos (não tão sábio, mas muito velho).
Quarta-feira pegamos o trem pra Manchester, chegamos as 22:30. O voo era as 8h da manhã, então passamos uma noite no aeroporto [não, não tinha outra opção de trem e a gente não ia pagar uma noite de hotel em Manchester]. Coisa de jovem.
Quinta, chegando em Dublin, vi uma coisa interessantíssima: o avião ficou dando voltas antes de aterrissar, e então eu vi o sol do meu lado esquerdo, depois do lado direito, depois do lado esquerdo de novo e do lado direito de novo. Coisa louca! Quando aterrisamos deu uma vontade imeensa de gritar, de tão feliz que eu estava de estar ali. E sabe o que eu fiz? Gritei.
O albergue era bem bacana, grande, muita gente circulando o tempo todo. Dublin é uma cidade muito turística - TÃO turística que é difícil ouvir a mesma língua seguidamente em duas conversas na rua. Sem falar no sotaque engraçado dos irlandeses.
A tarde fomos num parque, que é o 3º maior do mundo (ou da Europa?), mas andamos só em um pedacinho, porque começou uma chuva pesada e ficou muito frio. A noite, óbvio, fomos conhecer os pubs. O bom é que nunca paga pra entrar, então dá pra ficar saltando de um pro outro, pra achar um lugar melhor. Me apaixonei pela noite em Dublin - músicos ótimos em cada esquina, sem falar nos grupos que tocam dentro dos pubs, e os banjos e violões e flautas...! Aprendi a dançar a dança típica irlandesa (a parte mais difícil é ter que deixar os braços parados ao lado do corpo) com um senhorzinho holandês ali no pub.
No sábado pegamos um ônibus turístico que atravessou o país (em DUAS HORAS) para conhecermos os Cliffs of Moher (dá uma olhada no google). Fomos parando no caminho, conhecendo paisagens diferentes. Que país lindo! O lado ruim foi a chuva e o granizo, e também foi uma pena que não podíamos parar onde a gente queria, mas sim onde o motorista estava treinado para parar. Paciência.
Frustração: o Hard Rock estava fechado.
Domingo pegamos aquele ônibus turístico de dois andares, que foi a maior besteira, porque era domingo e estava tudo fechado. Lembrar na próxima de pegar esse tipo de ônibus no primeiro dia da viagem, não no último (falta de planejamento nosso, faz parte). Aí encontramos uns cearenses que estavam pensando em pegar esse ônibus. Como uma boa brasileira, eu avisei que não valia a pena. |Mas eles queriam mesmo assim. Então como boas brasileiras, nós vendemos nossos tickets para os cearenses, que saíram na vantagem (economizaram) e a gente teve uma parte da fortuna gasta no ticket de volta. Barganhando em Dublin, como boas brasileiras. Com o dinheiro que tivemos de volta, eu e a Gabi fomos colocar o piercing que a gente tanto queria.
Quase perdemos o avião de volta, mas isso na verdade foi o que salvou todo o resto da viagem. É uma história muito longa para escrever, qualquer dia eu conto se você quiser ouvir - mas posso garantir que foi emocionante!

Resumindo a Irlanda: muita chuva, muito brasileiro, muita bicicleta, muito arco-íris, muita ovelha, muita bebida, muito cigarro, muito pub, muita música, muito músico. Lindo!
Não é porque amanhã cedo tem aula que pilates que hoje você pode acabar com um pacote de bolacha de chocolate antes de ir dormir. Não não, isso não tá certo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Realizando sonhos antigos

    Essa semana completou 2 meses que cheguei nessa cidade. As ruas estão cheias de folhas, as árvores estão vermelhas e alaranjadas, e o termômetro já marcou 3ºC na sexta-feira. Um lindo congelante outono, eu diria. Além disso, esses dias eu acordei no meio da noite com uma luz muito forte no meu rosto (e quem me conhece sabe que é muito difícil me acordar do meu sono de cimento!). Fiquei muito assustada com aquela luz, e que surpresa que foi quando olhei pra fora da janela e vi uma lua linda, majestosamente brilhando ali no céu! Um pequeno presentinho de Deus por ter sobrevivido por 2 meses nesse país com apenas um quilo a mais (sem mentira!).
     As coisas por aqui estão bem. Já tenho uma noção boa do trabalho e das coisas como funcionam por aqui [outro dia escrevo mais especificamente sobre o trabalho]. Minha semana já está esquematizada e já tenho uma rotina definida semanalmente, o que é muito bom, porque não é uma rotina diária fechada e entediante, mas ao mesmo tempo eu sei mais ou menos o que vai acontecer. Tenho me esforçado pra ir correr (confesso que minha disciplina é lamentável, principalmente com o frio chegando) e controlar o que eu como (por que nesse país as porcarias são tão baratas??). Tenho tomado muito chá e chocolate quente. Tenho andado de bicicleta e feito origamis. Tenho tentado mandar notícias, mas também confesso que não consigo ser tão assídua quanto alguns gostariam e não tenho escrito tanto nesse blog quanto poderia. Mas lembrem-se que notícia ruim chega depressa, então fiquem tranquilos.

   Compartilhando coisas boas. Sábado realizei um sonho que eu tinha desde a 6ª série, quando eu fazia teatro e apresentamos uma peça dos Beatles (ai meus 11 anos...!): fui pra Liverpool, conheci o Cavern Club, onde eles tocaram trocentas vezes e onde basicamente eles começaram a bombar. Ali naquela região se respira Beatles e rock'n'roll, tem até um hotel todo chique chamado A Hard Day's Night e vários bares e lojinhas. Andando por aquelas ruas e imaginando John Lennon e Paul McCartney jovenzinhos passando por ali... confesso que meus olhos ficaram úmidos.
Não curto essa parada de ficar idolatrando os caras, até porque não tem nada pelo qual idolatrar eles; não é isso, é só que por tantos anos eu tive vontade de conhecer aquele lugar... e agora finalmente pude ir!

Versão resumida: realizei um dos meus sonhos, [tenho planos de realizar o outro ano que vem ;)], to feliz, a vida tá movimentada e se organizando :)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A história do passarinho

Chegou o inverno e o passarinho precisava migrar para o sul. Ele, porém, se atrasou e o inverno veio durante seu voo, o que fez com que o passarinho congelasse e caísse no chão. Veio então uma vaca robusta e acidentalmente cagou no passarinho. Com o calor da bosta, o passarinho descongelou e, ao se ver em um ambiente aquecido e confortável, começou a cantar de alegria. Um gato que por ali passava ouviu seu canto, se aproximou, tirou o passarinho do meio da bosta e comeu ele.

Moral da história:
1. Quem te deixa na bosta nem sempre é seu inimigo.
2. Quem te tira da bosta nem sempre é seu amigo.
3. Se você está feliz, cale a boca!


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Comentário único de hoje

Você percebe que realmente está morando na Inglaterra e fazendo parte do cotidiano inglês quando começa a falar inglês com o cachorro.

domingo, 23 de setembro de 2012

Geralzão


Terminou a quarta semana que estou aqui. Já dá pra ter uma noção um pouco maior de como vai ser o ano aqui. Junto com o casal de missionários noruegueses, o Roar e a Ingvild, eu (Becca) e a Rebeca (Becky) somos responsáveis (ou teoricamente responsáveis) por 5 grupos de adolescentes, basicamente assim:
segunda: grupo de estudo na hora do almoço; grupo de adolescentes a noite em uma igreja
quarta: grupo de adolescentes a noite em outra igreja
quinta: trabalho num ônibus que transformaram em um café com video games pra galera entrar e ficar lá de boa e perceber que os cristãos não são tão alienígenas quanto parecem
sexta: clubinho depois da aula
sábado: nada (coisa mais estranha da vida)
domingo: culto de manhã, célula a noite.

Essa é a rotina dos grupos, e temos mais o trabalho no escritório todas as manhãs (exceto quinta) pra planejar as atividades nos grupos.
Hoje tivemos um barbecue ("churrasco" de hamburguer, salsicha e espetinho de peru e funghi) de boas vindas para mim e pra Becky no jardim aqui de casa com umas 50 ou 60 pessoas de diferentes igrejas, e depois tivemos um culto de ordenação, envio, sei lá como chama, no qual oraram por nós duas e nos abençoaram, foi bem bacana. É muito bom sentir o cuidado de Deus com cada coisa que acontece aqui!
Cada dia eu me sinto mais em casa com essa família (no começo era meio sei lá), e percebo que eles também estão se acostumando em ter uma pessoa estranha em casa (não tão estranha, faz favor). Até o gato tá virando meu amigo: ontem a gente tava vendo filme junto e ele veio e sentou no meu colo, fiquei emocionada, foi quase como ele me dizendo que eu era bem-vinda ali :)
O que eu acho mais legal de tudo nesse lugar é o chuveiro, que você só precisa apertar um botão pra ligar. E descobri que lavar sua própria roupa é a melhor lição sobre responsabilidade que alguém pode ter. A gente aprende na marra quando não tem mais nenhuma meia limpa na gaveta.
Ah, nessa sexta eu me mudei de quarto! Antes eu ficava no quarto de hóspedes, que era legal porque tinha uma bateria (que eu tô aprendendo a tocar) e uma pia (que é muito útil, acreditem), mas agora estou no quarto da filha mais velha (que se mudou de cidade), que é mais bonito e aconchegante e eu finalmente posso desfazer as malas :D
Agora preciso ir dormir porque amanhã levanto cedo porque é meu dia de guardar a louça da máquina de lavar louça.

Versão resumida: tô aprendendo a tocar bateria e lavar minhas próprias roupas.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Coisas que estou aprendendo sobre a Inglaterra

- se alguém te convida para uma xícara de chá (a cup of tea) é só um chá - o mesmo chá sempre, com leite e sem açúcar; mas se te convidam para um chá (tea), significa que é um convite para jantar na casa da pessoa;
- inglês realmente toma muito chá e café. Contei que em um dia no retiro tomamos chá/café OITO VEZES.
- casaco de chuva é um item essencial (não necessariamente para vestir sempre, mas se você não estiver com ele na mão ou na bolsa, vai chover sem dúvida nenhuma);
- se você achava que o clima de Curitiba é louco, fique sabendo que hoje choveu seis vezes e apareceu o sol cinco vezes durante a manhã e a tarde. [números aproximados]
- se você não está disposto a ter uma conta de energia altíssima, vai se acostumando a ter roupas molhadas penduradas pela casa toda durante uma semana até que sequem bem.
- atravesse a rua correndo, porque o sinal para pedestres fica aberto por um tempo ridiculamente pequeno
- jogue o papel higiênico na privada
- nem sempre, mas em algumas casas (como aqui onde estou morando) é tudo separado: chuveiro em um comodo, banheira em outro, privada em outro, torneira em outro (provavelmente junto com a banheira). E boatos que tem casas com carpet no banheiro. Coisa de inglês.
- SEMPRE SEMPRE use "por favor", "obrigado", "desculpe-me" e "com licença" em todas as frases (pelo menos uma das opções citadas). Não adianta sorrir e achar que ser simpático é sinal de educação. Não, pra inglês isso não conta. Se alguém estiver no seu caminho atrapalhando sua passagem, ou se alguém esbarrar em você, peça desculpas. Se você oferecer algo a alguém e essa pessoa aceitar, agradeça. Se alguém te oferecer alguma coisa, diga "sim, por favor". Quando for comprar algo em uma loja, agradeça a pessoa do caixa pelo menos três vezes (e não se espante se ela te agradecer três vezes também).
- mostre sua identidade quando for comprar uma tesoura
- se quiser passar, não peça licença, fique esperando até a pessoa se dar conta que está no seu caminho


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

      Eu sei que faz muito tempo que nao escrevo, foi mal praqueles que vieram pedir noticias. é que ainda nao arranjei um computador pra mim, aí nao é sempre que dá. Esse computador nao tem acento, vou ter que me acostumar com isso.
     Como nao escrevi nada desde que cheguei na minha cidade (Barrow), já passaram varias coisas, varios e varios sentimentos, mas enfim, o que passou passou, tá tudo bem,  aconteceram coisas boas, e agora vou falar de agora. Ontem de manha eu finalmente me mudei para minha nova casa. Ela fica no endereço mais legal que eu poderia querer! Quem adivinhar ganha um cartao postal. E quem quiser me deixar super mega feliz e quiser me escrever uma carta ou talvez    um envelope com um papel em branco dentro, pode me pedir o endereço.
      Eu moro com a família do pastor da igreja que vou trabalhar, que se chama St. Paul's (a igreja, nao o pastor). A família é muito bacana, eles sao bem queridos e atenciosos comigo! O casal tem 3 filhos, mas os dois mais velhos (um menino e uma menina) estao indo para a universidade, entao nao vou conviver com eles. O mais novo (Joel) tem 13 anos e adoora animais; o que explica o fato de ele ter um gato, um coelho e uma cobra de estimaçao. O coelho fica solto na cozinha pelas manhas, o gato fica por aí e a cobra, felizmente!, fica na casinha de vidro dela, no quarto do Joel. 
      As coisas estao começando a se ajeitar, o trabalho na igreja tá começando a tomar forma, as coisas estao começando a fazer sentido. Eu achei que aquele cansaço que bate por causa da lingua ia acontecer daqui a um tempo, mas as vezes bate uma lezera imeensa, que dá vontade    de dormir (bom, vontade de dormir eu tenho sempre). é que eu realmente achei que ia ser mais facil entender o que eles dizem, mas o sotaque é muito forte, aí sempre tem que pedir pra repetir, ou falar mais devagar e tal. Mas to me acostumando! O engraçado é que quanto mais eu aprendo, mas eu sei que nao sei nada!
     Ontem eu e a outra Rebeca fomos babás dos filhos dos missionários e eu troquei a primeira fralda de coco da minha vida. Uma experiencia nao tao traumatica quanto eu imaginava. Espero que nao tenho sido traumatico pro bebe tambem. Arranjei uma bicicleta hoje, mas ela nao funciona direito, entao fui pra casa da Rebeca empurrando ela. O impressionante é que eu consegui cair com ela SEM estar em cima dela. Foi uma daquelas cassetadas do Faustao, alguem devia ter filmado, quando eu percebi meus pés estavam no ar e minhas costas no chao, um tanto quando bizarro. Mas pra isso tenho a desculpa do esquisito transito ingles, que é todo ao contrario e aí eu penso ''ah, nao é tao dificil, é s  pensar que é ao contrario do que no Brasil'', mas eu nem lembro mais como é no Brasil, aí eu sempre se confundo. Mas ok, acho que vou sobreviver.      
      Hoje fizemos uma apresenta'cao na igreja sobre o Brasil e aí levamos brigadeiro, mas acho que nao fez muito sucesso. Mas nao deu muito certo mesmo, o leite condensado aqui é diferente. Ou a gente que nao sabe fazer brigadeiro - é possivel.



Versao resumida: já to instalada na minha nova casa, to bem, to feliz, tenho uma cobra de estimação, o transito ingles me confunde.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Carlisle

Carlisle é uma cidade muito gracinha. Como eu disse, chegamos aqui ontem e hoje fomos dar uma volta pela cidade. Não tenho nada de tão relevante pra contar hoje. A cidade é toda antiga, de tijolinhos, parece de filme, mas falta cor nesse lugar. Mas o clima também não colabora: começou nublado e aí garoou e parou e garoou e saiu um sol bem tímido e aí ficou nublado o resto do dia. Hoje comprei numa loja de segunda mão a coleção dos "Deixados para trás" (6 livros de umas 400 páginas cada, talvez) por 2,50 libras - todos eles juntos! Adorei esse lugar! Tudo aqui parece ser bem barato, tem que cuidar pra não sair comprando tudo. E aquela gentileza britanica que a gente ouve falar é bem real: ao contrário dos noruegueses, eles falam "excuse me, thank you, i'm sorry" pra TUDO! Até no onibus tá escrito: "sorry, not in service". Extremo da gentileza, fala sério. O sotaque é bem gracinha também, mas só dos velhinhos, porque dos mais jovens é bem difícil de entender. Às vezes precisamos de tradução, mesmo que seja inglês britânico-inglês americano (thanks to Kristian, again).
Sábado de manhã vamos para Barrow, a cidade que vou morar. Vamos ter um treinamento com os missionários de lá e conhecer a região. Por enquanto ainda não estamos fazendo "nada" porque ainda é a época de férias aqui, então os trabalhos nas igrejas ainda não começaram (eu já falei sobre isso?)
Estamos vendo Piratas do Caribe 1 e eu aqui tentando escrever. Tá a cada dia ficando mais complicadinho pra pensar em português algumas expressões, isso que é só o começo. Aiai...
Bom, é isso o que tem pra hoje, como diz o povo.
:)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

perestroika


Finalmente chegou a tal da terça-feira que a gente iria conhecer a Preikestolen, ou Pulpit Rock. O clima estava feio de manhã, mas fomos mesmo assim. Levamos um pouco mais de 2 horas entre carro e balsa para levar lá na base da montanha, mais 3 horas de trilha para chegar nessa pedra. Vimos os tais dos fiordes, muitas montanhas e lagos e paisagens lindas, de tirar o folego. A pedra fica a 600 metros de altura e é um precipício retinho até o mar. Apesar de ser uma terça-feira chuvosa, tinha bastante gente lá em cima. Tinha até um carro que levaram lá pra fazer algum tipo de exibição pra sei lá o que. Depois veio um helicóptero pra buscar o carro e vimos o carro voando, e tenho que confessar que lá no fundo eu fiquei imaginando aquela corda arrebentar e aquela BMW despencar em queda livre... ai que dó. Depois veio outro helicóptero com um motorista idiota que quase matou eu e a Gabriela por motivo nenhum, só por prazer, mas enfim, não morremos e nossas mochilas também saíram intactas. Choveu um pouco durante a volta. Saímos muito cansadas e ainda tivemos que arrumar toda a bagunça que armamos no quarto do hotel, porque hoje de manhã dissemos bye-bye pra Noruega e partimos pra Inglaterra. Apesar de muita gente dizer que é bem difícil entrar na Inglaterra e que talvez teríamos que passar por uma entrevista e tal tal tal, foi tudo bem tranquilo; senti muito forte mais uma vez, o cuidado de Deus com a gente. Voamos até Newcastle e lá pegamos um trem pra Carlisle - foi um drama carregar as mil malas (cada uma trouxe 40 kg de bugigangas), mas o Kristian veio pra Inglaterra só pra nos acompanhar e nos ajudar nesses primeiros dias. Tusen takk, Kristian! Fomos pra casa onde moram os outros intercambistas brasileiros (o Ericson, a Cecília e agora a Kati) e as taiwanesas que ainda vão chegar. Comemos pizza de abacaxi com presunto e cogumelos (muito boa!). Agora vamos ver um filme - se é que alguém vai permanecer acordado. As pernas doem da caminhada de ontem e os braços doem por ter carregada as malas hoje. Mas vamo que vamo!

Versão resumida: fizemos uma trilha e chegamos num lugar muito muito massa. Deus é incrível! Agora estamos na Inglaterra e está tudo bacana demais :)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Caga na latinha e limpa na beiradinha

Última vez que eu escrevi foi na sexta-feira, se não me engano. Hoje é segunda e vou falar um pouco do fim de semana. Sábado era pra gente ir subir uma montanha e conhecer um fiorde com um precipício imenso, mas estava chovendo, aí acabamos não indo, porque aí não ia dar pra ver a paisagem. Vamos para lá amanhã, mas a previsão diz que vai chover também. Bacana. mas como dizem os noruegueses: "there is no bad weather, just bad clothes" (não existe tempo ruim, só roupas ruins).
Fomos então almoçar na casa do Rivo. Comemos pão do pólo norte com queijo, salsicha e tipo um chips de cebola (mas não cebolitos, era cebola de verdade, muito bom!). Depois fomos no museu do petróleo, que parecia bem chata, mas era todo interativo, foi bem bacana! Descobri que o petróleo é dos motivos para a Noruega ser um país tão rico. Caminhamos pela cidade, tomamos chocolate quente e jantamos em um restaurante japonês e chinês. Saí de lá com os beiço tudo ardendo de tanta pimenta que tinha.Chegamos em "casa" bem cansados e eu fui correr (leia-se caminhar) na praia ao por-do-sol (caminhei das 9 as 10 da noite e quando voltei ainda não estava complatemente escuro. Vantagens de morar aos quase 60º de latitude). O céu tava todo laranja quando eu saí, e aí tudo ficou rosa e azul e roxo e uma aquarela toda. Incrível essa criação de Deus! Apesar do vento estar beem gelado, tinha um surfista saindo da água.
No domingo fomos ao culto da Igreja Internacional em Stavanger. Ter o louvor e a pregação toda em inglês fez cair um pouco mais a ficha que vou ficar um ano na Inglaterra. Fomos almoçar na casa de um casal que trabalha na NMS. Lá estava também o filho deles de 2 metros de altura, que casou com uma brasileira de Goiânia, e mais um casal curitibano que mora aqui desde o começo do ano. Foi bom falar um pouco de português que não seja só com as meninas que vieram comigo. Almoçamos um prato típico da Noruega que é ovelha cozida com repolho por quatro horas, servido com batatas e cenouras. A cara é estranha, mas tava bom. De sobremesa tivemos sorvete com algo que deve ser groselha ou alguma desses frutinhas do bosque, e café. Sempre tem café aqui, parece o Brasil. Fomos caminhar pelas redondesas, tava um dia lindo de sol, e acredite quem quiser: eu tava de shorts e camiseta (pena que não tem nenhuma foto pra provar). Depois fomos na casa desse cara de 2 metros de altura que sabe falar um pouco de português, mas só coisas como: "mulher, vai pra cozinha", "cala a boca, criatura", "orelha seca", "você é um pouquinha burrinha" e várias outras expressões, incluindo a que dá título a esse post. Era muuuito engraçado ver ele falando essas coisas para a mulher! Jogamos um pouco de Bangu, jantamos omelete e salame de rena e um creme de avelã que é doce e salgado ao mesmo tempo e fim. Estranho não estar na igreja domingo a noite. Mas coisas ainda são bem novas aqui, então, sinto muito, preciso ser sincera e dizer que ainda não bateu aqueelas saudades. Acho que sou meia fria pra essas coisas (como alguns já devem saber).
O interessante aqui na Noruega é que as pessoas são bem atenciosas, amáveis e ajudam com prazer, mas ninguém pede licença para passar e se acabam esbarrando em você na rua ninguém pede desculpa. Estranho. Mas é um povo bem amável e hospitaleiro, no geral. Fomos muito bem recebidas em todos os lugares que nós fomos.
Bom, orem pra que amanhã seja um dia bonito e dê pra pelo menos ver a paisagem lá no fiorde!

Versão resumida: acho que vou emagrecer de tanto rir. 

sábado, 18 de agosto de 2012

a visita que não acaba

Os missionários aqui são muito muito hospitaleiros e queridos!
Hoje conversamos com o big boss da NMS, cara gente fina pra caramba, que nos explicou o que ainda não tínhamos entendido sobre a história da NMS. Descobrimos que os grupos de mulheres que haviam aqui na Noruega em 1842 (ano que foi fundada a NMS) foram muito importantes para a formação e sustento da organização. E que levou 14 anos desde que os primeiros missionários foram enviados (para a Africa do Sul, em 1843) até que alguém se convertesse e batizasse. "Quite some time, isn't it?" - disse nosso querido big boss, Leif, no seu sotaque ligeiramente britânico.
Depois fomos jantar na casa do Kristian, o responsável por nós na Inglaterra. Brincamos com seus filhos hiperativos e as coisinhas mais gracinhas do mundo, conversamos no jardim e tomamos café e suco, aí veio a janta, jantamos, conversamos, saímos da mesa, fomos para a sala, conversamos, tiramos algumas dúvidas, e depois veio bolo e sorvete e confeti e café e chá e chocolate norueguês, e conversamos mais um pouco, falamos sobre o Brasil, falamos sobre a Inglaterra, sobre a Noruega, sobre Hong Kong, sobre a China, sobre maratonas e o assunto já estava acabando e ficavam aqueles momentos de silêncio constrangedor e já eram 10 da noite e não sabíamos se a gente que deveria falar "time to go home" ou se isso seria uma ofensa e deveríamos esperar que eles nos mandassem embora, e a gente se olhava e não sabia o que fazer. Até que alguma de nós tomou coragem e disse: "acho que vocês devem estar meio cansados, não?", assim como quem não quer nada. E eles disseram: "não não, fica tranquila..."
E a gente só esperando, sem saber o que fazer...

Depois de um tempo de silêncio constrangedor a esposa do nosso líder disse: "a gente vai ficar aqui só esperando? leva elas pra casa!"
Essa mulher é o máximo! hahaha
Mas eles são muuito legais e atenciosos!

Versão resumida: é difícil estar em uma cultura nova e não saber direito o que as pessoas esperam de você, o que você pode fazer ou não... mas sempre gera histórias engraçadas!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

primeiros dias

Os primeiros dias aqui tem sido muito bons. Temos conhecido melhor a NMS (Organização Missionário Norueguesa, que nos trouxe até aqui), os chefes, o trabalho deles e os motivos pelos quais nos trouxeram até aqui. Também estamos podendo descansar bastante, porque o horário de expediente deles é até as 15 horas, aí depois disso geralmente estamos livres de volta ao hotel. Ontem tava calor (24º, o que acontece poucas vezes por ano aqui) e fomos tomar um sol na praia aqui na frente do hotel. Já nao tava com cheiro de cavalo, isso é muito bom. Vi muitas criancinhas branquinhas (quase transparentes) peladinhas brincando na praia. A água tava muuito gelada e com varias águas-vivas (tá certo?), mas mesmo assim tinha gente nadando. Eu resolvi deixar pra entrar na agua hoje de manha, mas aí hoje já fechou o tempo, esfriou, aí não deu.
Hoje fomos conhecer o centro de Stavanger. Nos aventuramos sozinhas, pegamos o busão e fomos bater perna. O interessante é que até o motorista do onibus fala inglês, então é facil de se virar. Tudo custa muito caro, então não comprei nada além de cartões postais e uma capa de chuva ridícula que foi extremamente dificil de achar. Deu pra dar umas boas risadas, ver uns norugas gatinhos e comer um kebab do tamanho do mundo.
Não vejo a hora de poder ir conhecer minha família hospedeira e o trabalho lá na Inglaterra. Vamos para lá na quarta-feira e vamos ter mais um treinamento juntas em Carlisle, depois disso eu vou pra Barrow-in-Furness, a cidade que vou ficar.
Agora tenho que estudar umas paradas sobre comunicação intercultural para os estudos de amanhã com o Rivo.

Versão resumida: tá tudo bem.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

a tal da viagem

[se não quiser ler tudo, no fim tem a versão resumida]
Depois de dois meses de preparação, confusão com o visto e muita correria, finalmente chegou o dia da viagem. Era um bonito domingo dia de sol, dia dos pais. Saí de Curitiba as 11h da manhã e fomos para o Rio. No banheiro do aeroporto no Rio conheci uma menina que veio no mesmo voo e ia pegar o mesmo voo que eu para Frankfurt a noite. Passamos o dia juntas (eu, Kati, Gabriela e Rebeca (as meninas que vão para a Inglaterra comigo) e mais essa menina Bárbara e seu amigo Fernando) em Copacabana. Percebi que o sotaque carioca já não me incomoda mais. Fiquei com gostinho de quero voltar.
O voo para Frankfurt foi tranquilo, não dormi quase nada, meu pé inchou tanto que meus dedinhos curtos quase sumiram [exagero], mas agora já voltei ao normal. Fomos conhecer a cidade também, porque nosso voo para a Noruega era só de noite. Que saudades dessa Alemanha! As coisas são baratas, a comida é boa, as pessoas são bonitas (mas mal educadas, sério). Foi muito massa poder conhecer o Rio e Frankfurt assim de graça! haha
Indo pegar o voo para Stavanger, na Noruega, o cansaço bateu forte e tivemos crises de riso. Muuito bom poder falar o que quiser e ninguém entender! haha
As malas chegaram inteiras e certinhas, menos a da Kati, que tinha ketchup por fora (sim, ketchup).
O Kristian (missionário norueguês) e o Rivo ( de Madagascar) vieram nos buscar e nos deixaram no hotel. Achei que a viagem de dois dias e o fato de não ter dormido muita coisa nas últimas três ou quatro noites, além do fuso horário de cinco horas ia me deixar bem cansada, mas antes de dormir fiquei com vontade de ir dar uma passeada lá na praia, que é a uns 20 metros de onde estou agora. Não fui, achei melhor ir descansar. Mas fomos lá hoje e apesar de cheirar a cocô de cavalo, a praia é bem bonita e a água é transparente; apesar das águas vivas e da temperatura da água ser de uns 14º graus, tinha gente nadando. Tinha um sol lindo e passamos o dia de camiseta (até agora estou de camiseta, mas lá fora tá friozinho já). São dez e meia da noite e o sol se pôs não faz muito tempo.
O Rivo veio nos buscar e almoçamos no shopping. Aproveitamos e fizemos compras no mercado, porque aqui no hotel não tem janta e é muito caro se for comer fora todos os dias. Se for converter as coisas em reais, você acaba não comprando nada, é tudo bem caro! Tinho um presunto ou algo do tipo que custava 395 coroas o quilo - isso dá mais que 100 reais! Esse é um exemplo extremo, mas enfim, no geral é tudo mais caro.
Estamos em um hotel em Sola, uma cidadezinha ao lado de Stavanger. A região é bem gracinha, com plantações de trigo, cavalos, ovelhas, pastos verdejantes, casas coloridas de madeira e jardins floridos. jantamos (a janta é as 4h da tarde) com a família do Rivo, que nos recebeu super bem (eles até usaram os pratos que eles ganharam de casamento e só usam em ocasiões especiais). Nos sentimos muito honradas!
Vamos ficar aqui até dia 22, conhecendo os missionários e o trabalho na NMS, a Sociedade Missionária Norueguesa, que nos trouxe até aqui.
Bom, por enquanto é isso. Hora de ir para a cama, amanhã é mais um longo dia (literalmente).


Versão resumida: viajei dois dias, cheguei bem, estão cuidando bem de mim, a comida é boa, é tudo caro e tá um calor gostoso aqui.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Frases que edificam

“O começo da ansiedade é o fim da fé. O começo da fé é o fim da ansiedade.” (Charles E. Cowman)

“Onde encontramos a nossa mais profunda satisfação: em Deus ou em suas dádivas?” (John Piper)

“O diabo é um teólogo melhor que qualquer um de nós e ainda assim ele é o diabo.” (A.W. Tozer)

“Há muitos que falam aos homens sobre Deus, mas tão poucos que falam com Deus sobre os homens.” (Paul Washer)

“Pessoas mornas na verdade não querem ser salvas de seus pecados. Elas só querem ser salvas da penalidade de seus pecados.” (Francis Chan)

“Não toque o seu concerto primeiro e depois afine seus instrumentos. Comece o dia com Deus.” (Hudson Taylor)

“A melhor ferramenta de Deus em nossas vidas é a ferramenta do sofrimento.” (Corrie ten Boom)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Meu eu em você

Quando ouço essa música, ouço Deus falando comigo lá de cima, aqui do meu lado me abraçando, dentro de mim, na frente, olhando nos meus olhos.


"Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar
Sou o teu sorriso ao ganhar um beijo meu
Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar
Quando em meus braços você se acolheu

Eu sou o teu segredo mais oculto
Teu desejo mais oculto, o teu querer
Teu fome de prazer sem disfarças
Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar

Eu sou a tua sombra, eu sou teu guia
Sou o teu luar em plena luz do dia
Sou tua pele, proteção, sou teu calor
Eu sou teu cheiro a perfumar o nosso amor.

Eu sou tua saudade reprimida
Sou o teu sangrar ao ver minha partida
Sou o teu peito a apelar, gritar de dor
Ao se ver ainda mais distante do meu amor

Sou teu ego, tua alma
Sou teu céu, o teu inferno, a tua calma
Eu sou teu tudo, sou teu nada
Minha pequena, és minha amada
Eu sou teu mundo, sou teu poder
Sou tua vida, sou meu eu em você."

terça-feira, 20 de março de 2012

O cheiro de Deus

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em quea gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda.Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado. E a gente ri grande que nem menino arteiro. Tem gente como você que nem percebe como tem a alma perfumada! E que esse perfume é dom de Deus.

-Ana Jacomo

sábado, 10 de março de 2012

Doze Tribos

Uma semana antes do casamento do meu irmão, eu precisava comprar uma flor de tecido para colocar no meu cabelo para a festa. E lá fui eu no melhor lugar para comprar esse tipo de coisa: a feirinha do Largo da Ordem. Lá no meio daquela imensidão de barraquinhas e gentes e cheiros e barulhos, encontramos uma barraquinha que vendia mel, chás e sandálias de couro. Quem vendia eram dois barbudos de cabelo comprido. Obviamente, minha mãe começou a conversar com eles, e eles explicaram que moravam em uma colônia, um pouco afastados de Curitiba e que viviam como Deus mandou viver, respeitando os mandamentos, vivendo em comunidade, compartilhando tudo com os irmãos, sem egoísmo, sem propriedade, sem ganância (Atos 2.42). E nos convidaram para celebrar o Shabat com eles. Infelizmente, nas 8 semanas que se seguiram, não pudemos participar. Mas hoje chegou o dia em que fomos visitar a comunidade das Doze Tribos.

Para começar, um maravilhoso por-do-sol nos acompanhou na estrada. Cada um que nos via, nos dizia que éramos bem vindos e se apresentava [o nome de todos eles é um hebraico, então infelizmente só lembro do nome de uns poucos]. A lua estava incrível. Nas sextas-feiras, eles têm uma comemoração do Shabat, com danças, um momento de compartilhar e um jantar. Tivemos uma deliciosa pizza de queijo e tomate, com massa integral [detalhe que até o trigo é moído lá] e de sobremesa um alfajor de massa integral também [fica o comentário que foi o melhor alfajor que já comi na minha vida]. Amei aquelas crianças. Achei incrível que com o tempo, eu acabei vendo a beleza naquele lugar humilde, com pessoas que a princípio acharia feias, mas que passam a ser lindas aos meus olhos e coração. Fomos tratados com muito carinho, muita gentileza, muito amor. Muita ação de Deus naquele lugar.
Não vejo a hora de poder voltar.


www.twelvetribes.org

sábado, 3 de março de 2012

Se a gente já não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar... e se tem que durar, vem renascido o amor bento de lágrimas.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Santidade

Faz tempo que não escrevo nada decente nesse blog. Hoje resolvi compartilhar o que aprendi e o que mais me marcou no Encontrão Nacional, em Ituporanga, no carnaval (palestra do Maicon Steuernagel para os jovens).

Santidade tem 2 dimensões:
1. refletir o que Jesus é, semelhança a Cristo;
2. ser separado para algo.

Santidade não é a ausência de pecado. É ser semelhante a Cristo, e por ter essa semelhança a Ele, o pecado vai deixar de fazer parte da nossa vida.
Temos que buscar a santidade através dEle, e através dEle. Quando tentamos ser santos por nossas próprias mãos, estamos negando o sacrifício de Jesus. Ele morreu para que a gente fosse santo.
Santidade não é uma lista de regras que preciso seguir. Pecado é uma questão de amor - quando é colocado no lugar errado, tiramos o foco do nosso amor de Deus, aí tem coisa errada.

Quero buscar semelhança com o caráter de Cristo - e isso é coisa séria e diária!

"Por que vocês continuam me chamando de 'Senhor' se não fazem o que eu peço?"

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

“Eu não sou o que eu deveria ser. Eu não sou o que eu quero ser. Eu não sou o que eu espero ser. Mas, ainda assim, eu não sou o que eu costumava ser. E, pela graça de Deus, eu sou o que sou.” (John Newton)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Hoje é dia 1º de janeiro de 2012, 05:45. Estou no hospital ao lado de uma avó que não tem mais forças nem para sugar água no canudo. Uma avó que já se entregou, mas parece que seus dias ainda não chegaram ao fim. Uma avó que está sendo um instrumento para Deus dizer alguma coisa – só não sabemos ainda o que. Sinceramente, não sei por que uma pessoa fica sofrendo assim por tanto tempo; por que Deus simplesmente não leva essa pessoa pra casa? Não quero mais ver minha vó assim; não quero mais ver minha família sofrendo e se desentendendo por isso. É muito errado pedir pra Deus acabar com esse sofrimento?