Acho que esse é o ano de realizar sonhos. Mais um realizado - falta o sonho da casa própria, como diria o velho e sábio Silvio Santos (não tão sábio, mas muito velho).
Quarta-feira pegamos o trem pra Manchester, chegamos as 22:30. O voo era as 8h da manhã, então passamos uma noite no aeroporto [não, não tinha outra opção de trem e a gente não ia pagar uma noite de hotel em Manchester]. Coisa de jovem.
Quinta, chegando em Dublin, vi uma coisa interessantíssima: o avião ficou dando voltas antes de aterrissar, e então eu vi o sol do meu lado esquerdo, depois do lado direito, depois do lado esquerdo de novo e do lado direito de novo. Coisa louca! Quando aterrisamos deu uma vontade imeensa de gritar, de tão feliz que eu estava de estar ali. E sabe o que eu fiz? Gritei.
O albergue era bem bacana, grande, muita gente circulando o tempo todo. Dublin é uma cidade muito turística - TÃO turística que é difícil ouvir a mesma língua seguidamente em duas conversas na rua. Sem falar no sotaque engraçado dos irlandeses.
A tarde fomos num parque, que é o 3º maior do mundo (ou da Europa?), mas andamos só em um pedacinho, porque começou uma chuva pesada e ficou muito frio. A noite, óbvio, fomos conhecer os pubs. O bom é que nunca paga pra entrar, então dá pra ficar saltando de um pro outro, pra achar um lugar melhor. Me apaixonei pela noite em Dublin - músicos ótimos em cada esquina, sem falar nos grupos que tocam dentro dos pubs, e os banjos e violões e flautas...! Aprendi a dançar a dança típica irlandesa (a parte mais difícil é ter que deixar os braços parados ao lado do corpo) com um senhorzinho holandês ali no pub.
No sábado pegamos um ônibus turístico que atravessou o país (em DUAS HORAS) para conhecermos os Cliffs of Moher (dá uma olhada no google). Fomos parando no caminho, conhecendo paisagens diferentes. Que país lindo! O lado ruim foi a chuva e o granizo, e também foi uma pena que não podíamos parar onde a gente queria, mas sim onde o motorista estava treinado para parar. Paciência.
Frustração: o Hard Rock estava fechado.
Domingo pegamos aquele ônibus turístico de dois andares, que foi a maior besteira, porque era domingo e estava tudo fechado. Lembrar na próxima de pegar esse tipo de ônibus no primeiro dia da viagem, não no último (falta de planejamento nosso, faz parte). Aí encontramos uns cearenses que estavam pensando em pegar esse ônibus. Como uma boa brasileira, eu avisei que não valia a pena. |Mas eles queriam mesmo assim. Então como boas brasileiras, nós vendemos nossos tickets para os cearenses, que saíram na vantagem (economizaram) e a gente teve uma parte da fortuna gasta no ticket de volta. Barganhando em Dublin, como boas brasileiras. Com o dinheiro que tivemos de volta, eu e a Gabi fomos colocar o piercing que a gente tanto queria.
Quase perdemos o avião de volta, mas isso na verdade foi o que salvou todo o resto da viagem. É uma história muito longa para escrever, qualquer dia eu conto se você quiser ouvir - mas posso garantir que foi emocionante!
Resumindo a Irlanda: muita chuva, muito brasileiro, muita bicicleta, muito arco-íris, muita ovelha, muita bebida, muito cigarro, muito pub, muita música, muito músico. Lindo!